palavrakis

AUTORA: Angélica Liddell

 

SINOPSE:

É possível não repetirmos os erros cometidos por nossos pais? Em que medida somos hoje resultado das nossas vivências da infância? Em O Casal Palavrakis, a dramaturga espanhola Angélica Liddell, nos coloca diante dessas e de outras questões espinhosas ao narrar o cotidiano monótono de Mateo e Elsa, jovem casal que, enquanto tenta vencer um concurso de dança, precisa lidar com a responsabilidade do nascimento de sua primeira filha. Atravessados por ações performativas e câmeras ao vivo, somos pouco a pouco introduzidos nesta atmosfera fragmentada de violência e de pesadelo em que já não se pode mais fugir.

 

FICHA TÉCNICA:

Dramaturgia: Angélica Liddell

Direção: Maurício Casiraghi

Elenco: Mariana Rosa e Paulo Roberto Farias

Figurino: Diego Nardi

Iluminação: Lucca Simas

Cenografia: O grupo

Narração em off: Diana Manenti

Trilha sonora pesquisada: Maurício Casiraghi e Manu Goulart

Operação de som: Manu Goulart

Produção: Luciana Tondo

Classificação etária: 16 anos

Duração: 1h10min.

 

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RELEASE:

O Casal Palavrakis é a segunda montagem da ATO Cia. Cênica, coletivo de jovens artistas surgido em 2011 com o espetáculo O Feio, texto de Marius Von Mayenburg, direção de Mirah Laline (vencedor do Prêmio Açorianos de Melhor Espetáculo pelo Júri Oficial, de Melhor Ator Coadjuvante para Paulo Roberto Farias e ainda do Troféu RBS Cultura de Melhor Espetáculo pelo Júri Popular).

O Casal Palavrakis, peça escrita pela dramaturga espanhola Angélica Liddell em 2001, aborda o cotidiano de Elsa e Mateo Palavrakis através de uma narrativa fragmentada que avança e recua no tempo. Entre idas e vindas, uma voz em off tece e destece a trajetória do jovem casal que, enquanto tenta vencer um concurso de dança, precisa lidar com a responsabilidade do nascimento de sua primeira filha. É possível não repetirmos os erros cometidos por nossos pais? Em que medida somos hoje resultado das nossas vivências da infância? Pouco a pouco, o público é introduzido numa atmosfera de violência e de pesadelo em que já não se pode mais fugir.

Porque se nem todos seremos pais, todos somos filhos. Assim como O Feio, O Casal Palavrakis originou-se como disciplina de estágio no Departamento de Arte Dramática da UFRGS. O espetáculo foi apresentado em julho de 2013 como uma mostra de processo, portanto ainda inacabado, e tornou-se o segundo estágio de atuação do ator Paulo Roberto Farias. Já em dezembro do mesmo ano, a montagem com o texto integral, constitui-se no segundo estágio de direção de Maurício Casiraghi e ainda como tema do seu trabalho de conclusão de curso, intitulado ENCENAÇÃO, BRICOLAGEM E INTERMEDIALIDADE: A montagem de O Casal Palavrakis. A montagem contou com as orientações das professoras Marta Isaacsson (na direção) e Mirna Spritzer (na atuação). Concomitantemente ao processo de criação do espetáculo, a atriz Mariana Rosa apropriou-se do texto da peça em sua pesquisa O Trabalho do Ator voltado para um Veículo Radiofônico, com a orientação da professora Mirna Spritzer.

A montagem da ATO Cia. Cênica para o texto de Liddell se vale de uma pesquisa de linguagem que investe na transformação como princípio. A dramaturgia contundente de Liddell serve como plataforma para a experimentação e pesquisa teatral contemporânea. Através do uso de diversos objetos orgânicos, como ovo, farinha e leite como material significante, os atores realizam ações que afetam seu próprio corpo em busca de um posicionamento performativo. Aliada a uma pesquisa de atuação minimalista, a narrativa é desdobrada e multiplicada por imagens geradas ao vivo por câmeras posicionadas e operadas pelos próprios atores, buscando novas relações de tempo, espaço e memória.

O espetáculo, dirigido por Maurício Casiraghi, tem no elenco os atores Mariana Rosa e Paulo Roberto Farias. Os figurinos são assinados por Diego Nardi, a criação da iluminação por Lucca Simas, a narração em off por Diana Manenti e a produção por Luciana Tondo. Já a trilha sonora pesquisada foi criada por Maurício Casiraghi e Manu Goulart, e tem operação de som realizada por Manu Goulart.